Mendel II
O estudo da transmissão dos caracteres hereditários é um dos mais empolgantes ramos da Biologia. A genética é quem se encarrega do estudo desse fenômeno. Na antiguidade pensava-se que os caracteres transmitidos de pais a filhos fossem transportados pelo sangue, o que seria feito em partes proporcionais entre ambos os progenitores.
Mais tarde, essa concepção foi inteiramente deixada de lado, através de fatos experimentais que comprovaram a existência de outros elementos, cujas finalidades seriam as de legar aos filhos o patrimônio de seus pais – os gametas.
Mas, posteriormente, ficou demonstrado que não eram, especificamente, essas células que tinham essa função, mas partes de seus conteúdos nucleares – os cromossomos. Após anos de estudos, foi evidenciado nos cromossomos, um elemento, o real transportador dos caracteres hereditários – o GENE. Os genes localizam-se ao longo dos cromossomos. Cada gene ocupa um lugar definido no cromossomo, denominado locus gênico (plural = locí ).
As leis que regem a transmissão dos caracteres hereditários foram estudadas por um abade austríaco, Gregor Mendel, que as reconheceu através dos cruzamentos de ervilhas. Mendel estudou os caracteres mais contrastantes desse vegetal para as suas experiências. Os trabalhos de Mendel ficaram no esquecimento durante vários anos (1865-1900).
Em 1900, três pesquisadores, trabalhando independentemente um do outro, De Vries (Holanda), Correns (Alemanha) e Tschermak (Áustria) redescobriram os trabalhos de Mendel e confirmaram suas descobertas.
Para nós, contemporâneos, a hereditariedade é um fato facilmente de ser percebido e também explicado: basta observar a semelhança entre pais e filhos, ou mesmo entre irmãos; e se lembrar de algumas aulas de Ciências e Biologia.
Entretanto, há alguns milênios, os antigos ainda não conheciam tais mecanismos, e se preocupavam em buscar explicações para tal. A pangênese, por exemplo, foi uma hipótese proposta pelo filósofo grego Hipócrates,