Memórias
As “Memórias Paroquiais” de 1758 é uma das fontes mais importantes para a História de Portugal .Em 1755 um terrível terramoto assolou Lisboa de forma trágica mas todo o reino foi afectado. As repercussões deste acontecimento trágico atingiram não apenas o sul do país, mas também o centro e norte. O terramoto destruiu a documentação dos inquéritos anteriormente realizados e o Marquês de Pombal precisava saber quais os efeitos do terramoto em todo o reino e por isso vai patrocinar o célebre inquérito paroquial de 1758. Estes inquéritos tinham como objectivo perceber como estava o país depois da catástrofe, mas não foi apenas isso que se fez, Já que se ia realizar o inquérito por todas as freguesias pretendia-se também fazer um grande censo .Estes inquéritos eram realizados pelos padres , pois eram eles que sabiam de tudo e de todos, tendo acesso às pessoas , lugares e dominavam as letras. Antes destes inquéritos , já se havia sido realizados as inquirições régias de 1527-32 no reinado de D.João III mais conhecidas por o “Numeramento”. No reinado de D.João V , a academia real de historia portuguesa ficou encarregue de escrever a história eclesiástica portuguesa intitulada “Lusitânia Sacra”, que cumpriu a ordem do rei através do envio de um inquérito formal a todo o clero , conhecendo-se apenas as respostas de Coimbra, Leiria e Elvas. Em 1732, a Secretaria de Estado lança novo inquérito a nível nacional; pretende-se elaborar uma espécie de dicionário por freguesia. Este inquérito é mais moderno e mais completo: quer conhecer os recursos de cada terra, a sua geografia física e económica, a sua população. A Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino vai enviar em Janeiro de 1756 os inquéritos, cujas respostas regressarão durante os anos seguintes, para serem reunidas em 1758. Questionário muito mais completo constituído por 60 perguntas divididas por três secções – 1ª secção com 27 questões gerais; 2ª