Memórias sargento milícias
1. (PUCC-SP) Na limpidez transparente de um universo sem culpa, entrevemos o contorno de uma terra sem males definitivos ou irremediáveis, regida por uma encantadora neutralidade moral. Lá não se trabalha, não se passa necessidade, tudo se remedeia. Na sociedade parasitária e indolente, que era a dos homens livres do Brasil de então, haveria muito disto, graças à brutalidade do trabalho escravo, que o autor elide junto com outras formas de violência. (...) Por isso, tomamos com reserva a idéia de que as "Memórias de um sargento de milícias" são um panorama documentário do Brasil joanino (...). (Antonio Candido, Dialética da malandragem. "Memórias de um sargento de milícias")
1. Deve-se entender do trecho crítico de Antonio Candido que o romance Memórias de um sargento de milícias
I. não tem a menor relação com a realidade histórico-social da Brasil ao tempo do reinado de D. João VI.
II. oferece, na personagem Leonardo, um exemplo daquele universo sem culpa, no qual tudo se remedeia.
III. só pode ser visto como panorama documentário em relação à realidade do escravismo.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) II e III
2. (UFRS-RS) Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso, vieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.
Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra ingenuamente na última frase do texto:
I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às experiências desconhecidas do primeiro amor.
II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem e