Memória
Lembranças e identidade do eu: A memória é quando evocamos o passado. É a capacidade de reter e guardar o tempo que já se foi salvando-o da perda total. É a nossa primeira e total experiência de tempo. A memória é uma forma de percepção interna chamada introspecção, cujo objetivo é interior ao sujeito do conhecimento. Além da dimensão introspectiva, a memória também tem seu lado emotivo e social,ou seja a memória objetiva gravada em monumentos, documentos e relatos na história de uma sociedade.
Os antigos e a memória: Os gregos consideravam a memória uma entidade divina, onde as deusas davam aos poetas e artistas o poder de voltar ao passado. Tinham o poder da imortalidade, pois quando os artistas ou poetas escreviam ou esculpiam alguma escultura esta seria imortalizada na história daquele povo. A memória também aparecia na medicina antiga, pois os médicos usavam técnicas onde faziam com que seus pacientes relatassem todos os fatos e acontecimentos anteriores à sua enfermidade ou acidente, lhe auxiliando no preparo de um diagnóstico adequado. Além dessas contribuições a memória na antiguidade tinha outra função, a retórica, destinada a criar e persuadir emoções nos ouvintes por meio do belo e eficaz uso das palavras. Com isso tornou-se importante em vários cargos, como advogados, poetas falar sem ler, culminando no surgimento de técnicas de memorização. Essas técnicas de memorização surgiram juntamente com a ideia da memória artificial que era a ideia de que o ser humano poderia desenvolver algo além da memória espontânea que auxiliaria essa última.
A Memória em nossa Sociedade: A idéia de memória artificial existe até hoje, porém a diferença é que a dos antigos era desenvolvida como uma capacidade do sujeito do conhecimento humano, enquanto na atual transferimos a memória nas máquinas, quase não sendo necessários termos memória. Em nossa sociedade, a memória é valorizada e desvalorizada. É valorizada com a