Memória, esquecimento e silencio
Resumo elaborado por Lucas Cordeiro Lopes, acadêmico do 1º ano do curso de Publicidade e Propaganda nas Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS, como requisito avaliativo na disciplina de Oficina de texto I ministrada por Sandra Regina Nóia Mina.
Ao elencar prismas cunhados por Maurice Halbwachs, por meio de seu tratado “Memória, Esquecimento, Silêncio”, Michael Pollak reitera o papel dos pontos de referência frente à memória coletiva. Halbwachs, na concepção pollakiana, defende que a inserção do indivíduo ao âmbito social se dá por meio da memória comum, forjada através dos inúmeros referenciais históricos, ícones responsáveis pela promoção de conexões entre as memórias, a saber, individual e coletiva. Costumes, regulamentos, convenções, mitos históricos e monumentos são, dentre outros, clássicos exemplos de um sistema de referências cujo efeito mais notável consiste em reafirmar o sentimento de pertencimento, isto é, suscitar um febril nacionalismo por meio da exaltação de peculiaridades culturais. Sob a égide e Émile Durkheim, Pollak complementa as colocações de Halbwachs conceituando os referenciais acima mensurados como indícios empíricos de memória coletiva. Seriam indicadores – a partir da ótica proposta por Durkheim – impostos sobre grupos submissos e autômatos. Halbwachs, em contrapartida, procura abrandar tamanha opressão atribuindo ao sujeito a prerrogativa da seletividade. Tal prerrogativa permitiria o surgimento de uma reciprocidade, um processo de negociação que, ao invés de mera imposição, se configuraria apenas com o consentimento do indivíduo e culminaria em coesão social de caráter afetivo. A branda conciliação entre as memórias proposta por Halbwachs perdeu espaço para o pessimismo contemporâneo, segundo o qual, os processos solidificadores de uma memória convencionada, bem como seus autores e