Memorias
Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/10/2009
Esquema do experimento, no qual um pulso de luz é parcialmente transmitido, causando o surgimento de um "eco", na forma de outro fóton. [Imagem: ANU]
Pesquisadores australianos descobriram uma forma de armazenar e "ecoar" pulsos de luz, permitindo que disparos de raios laser funcionem como uma memória óptica, uma técnica que poderá viabilizar a criptografia quântica a grandes distâncias.
Criptografia quântica
A criptografia quântica está sendo desenvolvida para garantir o envio seguro de informações, que são codificadas em feixes de luz de uma forma que impede que algum usuário não-autorizado possa lê-la sem ser detectado.
Atualmente, os sistemas de segurança baseados na criptografia quântica funcionam bem em distâncias de no máximo 100 quilômetros. Acima disso, a perda de informações é muito grande, inviabilizando sua utilização prática.
Hub quântico
Isso agora pode mudar com a descoberta feita pelos pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, que descobriram como os "ecos" dos fótons podem ser usados para criar um dispositivo de memória quântica - o que significa que a luz pode ser capturada, armazenada e liberada quando necessário.
Esse dispositivo poderá se transformar em um repetidor (um hub) quântico, fazendo para as redes quânticas o que os hubs tradicionais fazem para as redes ethernet - reforçar os sinais para que eles atinjam distâncias maiores.
Memória óptica
"A luz é um meio fantástico para transferir quantidades imensas de informação de forma muito rápida, mas ela não gosta de ficar no mesmo lugar por muito tempo," explica o Dr. Ben Buchler, coordenador da pesquisa.
"Este é o problema da memória óptica - como manter a informação codificada na luz em um determinado local para que você possa acessá-la mais tarde. Um método possível é diminuir a velocidade da luz de forma tão eficiente que equivalha a