Memorias postumas de bras cubas
Começa então para ele um período de perdas e decepções, quando morre D. Plácida, também Lobo Neves com “o pé na escada Ministerial”; vê morrer a linda Marcela, desfigurada pela varíola, (…) “feia, magra decrépita…”; encontra em um cortiço, no qual fora distribuir esmolas, Eugênia; como ele mesmo diz (…) “Tão coxa como a deixara, e ainda mais triste”.
Aos 64 anos, ao tentar inventar um remédio sublime para a hipocondria morre Brás Cubas. E com ele o segredo do seu invento; como ele mesmo lamenta: (…) “e aí vos ficais eternamente hipocondríacos”.
Comentar uma obra como esta é arriscar-se cair em lugar comum, pelo muito que a mesma já foi repassada pelas mais diferentes correntes do pensamento literário, entretanto há que ressaltar as inovações que Machado fez nesse texto; inova principalmente na sua temática quando retrata os indivíduos, os quais não possuem nenhuma idealização romântica, a vida de Brás Cubas e dos demais personagens nada tem de interessante, nem mesmo Brás que pressentindo o final de sua vida, sente que precisa de alguma realização pessoal e idealiza um emplastro que tornaria o seu nome famoso. Mas não dá certo, ele adoece e morre!
Após ler este livro, vejo a ironia do destino, imortalizando o nome de Brás Cubas através da obra de Machado de Assis e, que fica famoso, justamente por não ter conseguido fazer nada na vida; penso mais uma vez em meu parente, que sequer, chegando ao termino dos seus dias, imagina algo interessante que o possa relembrar para a posteridade, além do seu nome, toscamente gravado na fria lápide de um tumulo quando