Memorias de um Sargento de Milicias
É um romance de costumes, publicado de 27 de junho de 1852 a 31 de julho de 1853 no jornal Correio Mercantil do Rio de Janeiro.
O Romance Urbano enfoca uma temática estreitamente vinculada à esfera social. Ou seja, ele se dedica especialmente a reproduzir e tecer críticas aos hábitos praticados no âmbito da sociedade. Na história da literatura ele corresponde às obras produzidas pelo Realismo, particularmente no século XIX. O romance urbano mais autêntico desta época, no Brasil, foi Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Apesar de integrar a Escola Romântica, esta obra foge das características tradicionais deste gênero e mescla elementos do Romantismo a características realistas. Manuel se inspirou em criações satíricas, comuns na época da Regência e nos primeiros momentos do reinado de D. Pedro II.
A linguagem é bem coloquial, sem cair na linguagem de baixo calão. O autor retrata de forma saborosa a fala do povo desse período, especialmente a dos cariocas.
Foco Narrativo
Terceira Pessoa - A trama aqui é conduzida na terceira pessoa, por um narrador-testemunha. Ele observa os eventos, mas não toma parte deles. A narrativa é fluida e dinâmica.
Tempo
Tempo Cronológico - Toda a história se desenvolve de maneira cronológica; somente aqui e ali o narrador suspende essa sequência para se referir brevemente ao pretérito, com a intenção de explicar alguns pontos não compreensíveis da narrativa. Por exemplo, em dado momento ele revela o passado do barbeiro no Navio Negreiro. Tudo se passa no período em que a família real desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, na época em que D. João VI era o rei de Portugal.
Resumo do Enredo
No século XIX, em terras cariocas, Leonardo passa por muitas peripécias e protagoniza passagens divertidas e irônicas. O autor acompanha sua trajetória desde o momento em que ele nasceu. Ele foi fruto do romance entre Leonardo-Pataca, um negociante de roupas, e Maria das