Memorias de um sargento de milicias
XIX
-Narrador: Era esse dia domingo do Espírito Santo. Como todos sabem, a festa do Espírito Santo é uma das festas prediletas do povo fluminense. Hoje mesmo que se vão perdendo certos hábitos, uns bons, outros maus, ainda essa festa é motivo de grande agitação; longe porém está o que agora se passa daquilo que se passava nos tempos a que temos feito remontar os leitores. A festa não começava no domingo marcado pela folhinha, começava muito antes, nove dias cremos, para que tivesse lugar as novenas.
***(Todos caminhando em procissão, no meio o imperador. Música de fundo: Louvação – Gilberto Gil).
Encenação:
***(Comadre, compadre e Leonardinho chegam á casa de D. Maria e de Luizinha.)
- (Nadyne) Leonardinho observa Luizinha e fala para si mesmo: - Hoje essa menina conseguiu estar mais feia do que nunca
-Narrador: O caso foi que o Leonardo começou a olhar para ela sem mais vontade de rir-se; olhou uma, duas, três, quatro, muitas vezes enfim, sem que nunca satisfizesse ao que ele interiormente chamava curiosidade de apreciar aquela figura.
***(Leonardinho faz o que o narrador fala)
- (André) D. Maria: - Olhe, nós hoje vamos ao campo ver o fogo, bem que podíamos ir todos juntos, o que acham¿
- (Túlio)Compadre: - Sim, podíamos. Eu ia apenas com o meu rapaz, mas já que convidas, iremos todos juntos! E a senhora leve a sua menina.
- (André) D. Maria: - Oh, levo, coitada, ela nunca viu o fogo, no tempo do pai nunca saia..
-Narrador: Sem pensar, o Leonardo estremeceu de contente: pareceu-lhe que desse modo teria mais ocasião de satisfazer a sua curiosidade. A menina nem se mexeu; pareceu-lhe aquilo absolutamente indiferente.
- (André) D. Maria: - Leonardo, dê o braço á minha sobrinha.
***(Eles se atrapalham quando vão se dar os braços)
-Narrador: Assim chegaram ao império, lá estava na sua cadeira o imperador.
***(Luizinha estica o pescoço para observar o imperador)
-Narrador: E foram procurar no meio do campo um