Memorial
Meu primeiro contato com a vida estudantil iniciou nos primeiros anos da minha existência. Por ser minha mãe, professora de séries primárias, sempre preparava em casa suas aulas lúdicas ou de alfabetização, permitindo-me um contato com o lápis e o papel desde os três anos de idade. Em 1986, fui matriculada no pré (série que antecedia o jardim) na Escola Estadual Professor José Pansera (Figura 1), na sede do distrito de Pinto Bandeira, acompanhando assim, minha mãe no seu ambiente de trabalho. Na época eram poucas as crianças que faziam o pré e o jardim de infância, principalmente no meio rural, porém, como minha mãe dava aulas na mesma escola para a 1º série, eu tive esse privilégio.Realizei o jardim no ano seguinte, na mesma escola e tive uma professora maravilhosa, “Teresa”, que ainda hoje, por ela, tenho um carinho todo especial: ela era doce, meiga, sempre valorizava as atividades, mesmo quando não estavam de acordo com o solicitado e procurava sempre mostrar o caminho certo ao invés de punir os erros.
Reconstituindo a história da escola onde estudei grande parte da minha infância e adolescência me deparei com vários fatos curiosos e dignos de memória. Antes mesmo de haver um prédio próprio da escola o Professor José Pansera reunia as crianças em sua casa para alfabetização na língua italiana. Em 1930, surge a Escola Pública de Nova Pompéia num casarão velho doado por uma moradora local, tendo como professor José Pansera que ensinava somente aos meninos. Em 1939 pelo Decreto nº 7675, foi criado o grupo escolar de Pinto Bandeira. Em 1964, por solicitação da Direção e Circulo de Pais e Mestres, a mesma passou a denominar-se Grupo Escolar Professor José Pansera em homenagem ao grande mestre que por mais de 50 anos exerceu o magistério na região.
A poesia extraída do livro “Epopéia da Minha Terra” do padre Agostinho Nichetti –1978, retrata bem a importância do professor José Pansera para a educação