Memorial
A disciplina de Geografia foi um grande problema no meu processo estudantil, principalmente a partir da 6ª Série (5º ano), em que os conteúdos se tornaram mais complexos. Na verdade, os conteúdos da disciplina me interessavam muito. Gostava dos mapas, da rosa dos ventos, dos conceitos de clima, placas tectônicas, biomas, bacias hidrográficas, e dos temas da atualidade que eram abordados, como políticas, guerras, movimentos sociais, dentre outros. Porém, antes dos conteúdos, está a imagem do professor, mediador entre o conhecimento e o aluno. Meu professor de Geografia foi o mesmo desde a 6ª série (5º ano) do EF até o 3º ano do EM, e este se constituiu como a minha barreira para o aprendizado de Geografia. Alguns conteúdos se repetiam todos os anos. Me lembro de ter desenhado a rosa dos ventos no primeiro semestre de todos esses anos. Era como se não houvesse avanço algum neste conteúdo, pois desde a 7ª série até o 3º ano eu fiz o mesmo desenho. Eu tinha muita dificuldade em prestar atenção n as aulas, não entendi quase nada do que o meu professor falava. Ele usava uma linguagem muito complicada, que eu só consegui me familiarizar no 2º ano do EM. Peguei recuperação na disciplina duas vezes, uma na 7ª série e uma na 8ª série, e em nenhuma das duas vezes consegui recuperar com a prova aplicada. O meu professor era do tipo muito inteligente, que queria que soubéssemos o que ele sabia e do jeito que ele sabia, mas não conseguia fazer isso da melhor forma. Eu não era a única com problemas em Geografia. Ele tinha um rigor acadêmico muito forte para elaborar e corrigir as provas pois, assim como a escola, tinha o intuito de nos preparar desde cedo para o vestibular, por isso eu só consegui entender e me familiarizar com as aulas e com o sistema de avaliação dele quando estava inserida no contexto do vestibular. Inclusive, foi a partir do 2º EM que consegui acompanhar melhor a disciplina, me apropriar dos conteúdos abordados, até mesmo tirar