Memorial
MEMORIAL
Apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto sensu do CPqAM/FIOCRUZ como parte do processo seletivo do Curso de Doutorado em Saúde Pública – 2010.
Vamos bordando a nossa vida, sem conhecer por inteiro o risco; representamos o nosso papel, sem conhecer por inteiro a peça. De vez em quando, voltamos a olhar para o bordado já feito e sob ele desvendamos o risco desconhecido; ou para as cenas já representadas, e lemos o texto, antes ignorado. E é então que se pode escrever - como agora faço - a "história"... Magda Soares, Metamemória-memórias
RECIFE – 2009
O liveira, G .M .
M em orial É muito comum, desde o início da vida acadêmica, escrever e reescrever o Curriculum vitae. Memorial descritivo, entretanto, é a primeira vez que o faço. Elaborar um memorial descritivo é reconstituir a própria existência. Certamente, essa não é uma tarefa fácil, pois, segundo Moraes(2) (1992), “memorial é um retrato crítico do indivíduo visto por múltiplas facetas através dos tempos, o qual possibilita inferências de suas capacidades para o futuro”. De acordo com Boaventura(1) (1995), “memorial é não somente crítico, como autocrítico do desempenho acadêmico do candidato. Crítica que conduz forçosamente à avaliação dos resultados obtidos na trajetória da carreira científica”. Assim, na elaboração deste memorial considerei as condições, situações e contingências que envolveram o desenvolvimento das minhas atividades aqui expostas. Procurei destacar os eventos que, marcados por quebras de paradigmas, por coerências e incoerências e por meio das relações estabelecidas com o mundo, possibilitaram a construção de minha vida profissional. Considero este memorial não apenas auto-avaliativo, mas acredito que ele acaba se tornando um instrumento confessional de meus sonhos.
Podemos dizer que há apresentação de dois documentos sinalizadores da vida acadêmica: o Curriculum vitae e o memorial. Quanto ao primeiro, foi anexado um documento