Memorial
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Graduação em Educação Física
Educação Física e pessoa com deficiência
Tarde/Noite
Memorial
Nathália Cristina Araújo de Oliveira
Belo Horizonte, 2010.
Pensando em mais um memorial, não foi fácil fazer o primeiro quem dirá o segundo! Mas depois de repensar falar do meu envolvimento com pessoa com deficiência, fica mais fácil.
Penso na pessoa com deficiência e me vêm à cabeça somente coisas boas que vivi. O que aprendi a gostar, me apaixonou o tênis. Mas não só isso me remete a pessoa com deficiência, a minha experiência começa La trás, bem antes do tênis.
Quando foi proposto fazer o memorial, veio à cabeça, o Caminhos para Jesus. Desde pequena, meu pai me levava pelo menos duas a três vezes ao ano. Não sei por que, mas com certeza algum propósito tinha. E foi assim desde os meus oito anos de idade. Aprendi cedo a lidar com as diferenças, não olhar com ‘’do’’. Lembro muito de uma cena que vivenciei La, uma menininha linda, dos olhos azuis, veio falar comigo, e falar que minha blusa era linda, uma blusa simples, com um desenho que não me recordo minha vontade na hora, era te tirar e entregar a menina. Mas não podia, tinha sido orientada pelos adultos responsáveis do local que não poderia dar nada as pessoas de la, sem antes ser passado por eles por avaliação. Aquilo me deu uma angustia que chegando em casa, lavei a blusa, e pedi que meu pai levasse la, para ser entregue a menininha dos olhos azuis.
Anos passaram, e vida foi seguindo. Comecei o curso de fisioterapia. Tive que aprender a tratar a deficiência, aprender a ter um olhar clinico, com condutas, formas de agir, de falar, pegar, enfim... Muita orientação técnica e pouco humanizada. O que me deu um back quando cheguei ao estagio obrigatório de neurologia e pediatria. Aquilo tudo que tinha aprendido com a vida, la trás aos oito anos de idade, de vivenciar, olhar, com respeito. Um no na cabeça.