memorial progestão

Sou a 3ª filha de uma família composta por pai, mãe e 5 irmãos, nasci na cidade de Itabuna. Lá também iniciei a minha vida escolar apesar de não ter a presença marcante de meu pai tanto na minha vida pessoal como na estudantil sempre pude contar com minha mãe principalmente na minha formação educacional, pois, esta sempre se preocupou com a educação dos filhos acreditando que este era o melhor caminho para cada um de nós.
Apesar do seu pouco estudo tinha uma visão de futuro e com este foco nos matriculou na escolinha da professora Lala, sendo esta a minha primeira professora. Não era uma escola de modelo convencional afinal funcionava na cozinha da casa da mestra. Todavia teve uma grande importância em minha vida porque foi ali que dei os primeiros passos no mundo letrado.
Lembro-me de como a professora Lala nos alfabetizávamos: através de um livreto chamado ABC e o que lhe era mais peculiar era a forma de como ela nos fazia conhecer as primeiras letras. A mesma usava um pedaço de papel com um furo no meio e este papel era colocado em cima de cada letra e criava característica para cada uma delas. Guardo na memória, até hoje, a sua voz dizendo: “E, Eliete, E de três dentinhos”. É como se eu estivesse, ainda ouvindo-a com o seu sotaque sertanejo e muito carregado. Não sei até hoje se possuía este jeito de falar por ser sertaneja de fato ou só para evidenciar a letra a fim de nos chamar a atenção para a mesma.
Quando completei sete anos e mesmo sem conhecer as primeiras letras do alfabeto da professora Lala, fui matriculada na 1ª série no Grupo Escolar José de Almeida Alcântara. – A escola possui este nome em homenagem a figura ilustre de um ex-prefeito de Itabuna- situada no mesmo bairro onde eu morava.
A vida nesta escola não foi nada fácil até porque sentia muita falta da escolinha da professora Lala, mas enfim era necessário seguir em frente e, foi o que eu fiz. Vivendo em tempos de ditadura, não diferente, a escola percorria pelo mesmo caminho, com