Memorial da Resistencia historia

O edifício que hoje abriga a Estação Pinacoteca e o Memorial da Resistência é depositário de uma história repleta de significados, em decorrência de seus múltiplos usos. Projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo, foi inaugurado em 1914 para abrigar os escritórios e armazéns da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, que ocupou o prédio até 1938. A partir daí, o edifício sofreu várias reformas e passou a sediar diversas delegacias vinculadas ao Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo, quando o Órgão foi extinto, e o edifício ocupado pela Delegacia de Defesa do Consumidor. Em 1997, a gestão do prédio foi transferida da Secretaria de Justiça para a Secretaria de Estado da Cultura. Em 1999, foi tomado como bem cultural e iniciou-se um projeto de restauração, concluído em 2002. Neste ano, sob responsabilidade do Arquivo do Estado de São Paulo, foi criado o Memorial da Liberdade, abrangendo o espaço das antigas celas do Deops/SP.

Em 2007, o Memorial da Liberdade, já sob a gestão da Pinacoteca do Estado, recebeu um projeto museológico visando ampliar a ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural, por meio da problematização e atualização de distintos caminhos das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano. Nesse aspecto, vale destacar as reiteradas ações de militância junto ao poder público, desde fins de 2006, especialmente do Fórum Permanente de expressos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, que sensibilizaram a administração estadual para a necessidade de um novo olhar para este lugar.

A implantação do projeto teve início em 1º de maio de 2008, com a mudança do nome para Memorial da Resistência.

O memorial apresenta exposições em homenagem a vítimas da ditadura, salas que retratam as péssimas condições de carceragem as quais os prisioneiros eram submetidos, espaços multimídia com informações pertinentes ao tema, como cronologia da época, programas de controle a resistência,