Memorial acadêmico
Hoje estou refletindo sobre meu passado e minha historia fiz um flash back e cheguei à década de 70, onde vou começar minha narrativa.
Faz-se necessário que eu forneça muitos detalhes tais como usos costumes e cultura local a fim de colocar meu caro leitor sobre um prisma que ele possa vislumbrar essa história de vida comum, ou seria incomum? Deixo esse julgamento para o leitor, afinal eu não sei como ele define comum.
Como eu ia dizendo...... Nasci em janeiro de 70, comecinho da década. Em uma família grande “bem grande”. Eu era a quarta filha para suceder o trono, digo era porque após mim eis que nasceram mais um, dois, três...... Dez lindos irmãozinhos totalizando quatorze filhos de seu José e dona Maria Ferreira.
Família respeitada na comunidade local, minha mãe por ter um caráter acima de qualquer suspeita e meu pai por ser muito trabalhador.
1
Capítulo 2
Minha mãe descendia de índios e meu pai de uma dinastia portuguesa.
Ainda que o parentesco português fosse muito, mas muito distante mesmo; a família de meu pai nutria com isso um preconceito racial imenso, prezavam muito a cor da pele branca.
Minha mãe é morena e minha avó paterna não a tinha como nora, e sim como uma serviçal da família.
No inicio da maternidade minha mãe foi contemplada com três lindas filhas loiras e ia tudo seu curso normal quando de repente nasceu uma moreninha na família; eu não sei se a vida imita arte se nesse tempo à lenda do patinho feio já fazia sucesso ou se começou a partir daí.
Minha mãe relata como foi visível o descontentamento de meu pai, duas frustrações pra ele com esse nascimento: uma menina quando tudo que ele queria era um menino e ainda por cima uma menina pretinha como ele dizia. 2
Capítulo 3
Por causa desses episódios já mencionados desde cedo conheci o que era preconceito e o que era rejeição.
Papai não tinha como explicar seus sentimentos