Memoria
Nas últimas décadas muito se tem estudado a respeito das características e funcionamento da memória humana. Na área médica os estudos evoluíram na direção da compreensão dos meios fisiológicos de como o ser humano armazena as informações, bem como as razões pelas quais também as perde. A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações. A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta “pedaços” de lembranças e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões diárias. Wilder Penfield foi o primeiro a conseguir demonstrar que os processos da memória têm localizações específicas no cérebro humano. Na década de 1940, Penfield começou a usar métodos de estimulação elétrica, idênticos aos usados por Sherrington (pioneiro em neurofisiologia) em macacos, para mapear as funções motoras, sensoriais e da linguagem no córtex humano de pacientes submetidos à neurocirurgia, para tratamento de epilepsia. Penfield explorou a superfície cortical em mais de mil pacientes e verificou que a estimulação elétrica produzia o que ele chamou de resposta experiencial, ou retrospecção, na qual o paciente descrevia uma lembrança correspondente a uma experiência vivida. Há vários tipos de memorias, memória declarativa que é a capacidade de verbalizar um fato, classifica-se por sua vez em: imediata, (é a memória que dura de frações a poucos segundos), curto prazo (é a memória com duração de alguns segundos ou minutos), longo prazo (é a memória com duração de dias, meses e anos). Memória de procedimentos é a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta, por exemplo. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida.
Assim, a memória é o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o