MEIO DIGITAL E MUNDO MOSAICO
VII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte – Boa Vista – 19 a 21 de junho de 2008.
Meio Digital e Mundo Mosaico: a Lógica não-linear1
Jimi Aislan Estrázulas2
João Bosco Ferreira3
Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM
RESUMO
Existe uma tendência dentro dos estudos de comunicação em perceber a saturação de informações como problema principal da pós-modernidade. Contudo, a maneira como as informações se apresentam deixaram de ter um sentido linear e seguir a lógica emissor/meio/receptor. As informações se tornaram mais complexas e difusas, suas emissões são pluri pessoais e independentes e a lógica desse mundo novo composto por uma saturada rede informacional obedece a um sentido diferente da linearidade do homem Gutenberguiano. Tudo isso proporcionado pelo meio Digital. É na variação daquilo que McLuhan denominou meio como mensagem, que este artigo se propõe a revisar o novo meio digital como modo não-linear de percepção, capaz deslocar a ótica problemática da quantidade de informações recebidas para a de qualidade com que esses dados são processados e transformados em juízos. No mundo do meio digitalizado e disperso o homem ainda persegue a linearidade na informação.
PALAVRAS-CHAVE: Lógica informacional; Meio digital; McLuhan.
TEXTO DO TRABALHO
O avanço da digitalização dos meios de comunicação de massa, até este momento da história em que prevalece a quantidade de informações disponíveis, transcende a capacidade humana de armazenar todas essas informações. Alguns autores, como Todd Gitlin, creditam à “torrente informacional” saturada o tom frankfurtiano sobre esse processo digital. O fato é que há uma disponibilidade incalculável de informações, proporcionadas pela mídia digital e difundida, cada vez mais, pelo acesso à rede mundial de computadores (internet).
Gitlin afirma que um dos efeitos que essa comunicação saturada gera é a alienação. Não se pode negar que