Meio Ambiente
Cultura Indígena
Muitas vezes somos levados a pensar que as sociedades indígenas que vivem nas florestas tropicais são povos isolados, intocados, e que vivem “em harmonia” com os seus ambientes.
As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele. Porém, se algo parece comum a todos eles, é a idéia de que o “mundo natural” é antes de tudo uma ampla rede de inter-relações entre agentes, sejam eles humanos ou não-humanos. Isto significa dizer que os homens estão sempre interagindo com a “natureza” e que esta não é jamais intocada.
Mesmo não sendo “naturalmente ecologistas”, aos povos indígenas se deve reconhecer o crédito histórico de terem manejado os recursos naturais de maneira branda. Souberam aplicar estratégias de uso dos recursos que, mesmo transformando de maneira durável seu ambiente, não alteraram os princípios de funcionamento e nem colocaram em risco as condições de reprodução deste meio.
Cultura Quilombola
De acordo com a Fundação Cultural Palmares, o Estado da Bahia é onde se encontra o maior número de áreas remanescentes de quilombos. Os quilombos, segundo Nascimento (1982, p. 26), eram “comunidades que procuravam viver em solidariedade, em uma convivência e comunhão existencial e que organizavam sua produção agrícola, seus sistemas políticos e sua vida social na base da disciplina trazida da África” e que tinham, como objetivo principal, resistir e fugir do sistema escravocrata da época.
Essas comunidades, originalmente, formaram-se a partir da fuga de negros das fazendas da região que tinham como produto principal a mandioca para a produção de farinha, o que a fez tornar-se ao final do século XVIII na principal abastecedora dessa mercadoria para a cidade do Salvador e o Recôncavo baiano.
Essas comunidades historicamente sempre procuraram conviver