Medo: política de controle e repressão
SOCIOLOGIA URBANA
KARINA RORIS GUERINI
Medo: politica de controle e repressão
O sentimento de medo está manifestado na vida de cada morador da cidade contemporânea, sendo muitas vezes taxado como base de uma política caracterizada pelo controle e repressão. As pessoas ,com medo do aumento da violência , estão se “ escondendo” atrás de muros, grades, condomínios fechados, fechaduras, etc. Com isso, diminui a confiança ente as pessoas e cresce o medo, tendo como consequência, a perda do convívio social, presente em décadas atrás, e surgindo cada vez mais o individualismo.
No filme, Crash no limite, possui uma sequência de cenas que retrata esse sentimento: Um casal de brancos e ricos é assaltado. A mulher fica em pânico. Eles trocam a fechadura da casa. Ela desconfia do chaveiro. O chaveiro para mostrar sua honestidade, entrega todas as copias da chave para ela.
Percebe-se uma característica muito marcante nas cidades: os cidadãos estão se inclinando ao pânico, assim perdendo-se a confiança nas outras pessoas. Ao se andar pelas ruas, o medo, a insegurança, a sensação de ameaça está presente em cada olhar, sustentam-se de tudo e de todos. Mesmo de dia, não se pode mais andar com segurança pelas ruas; as crianças perderam a liberdade brincar, submetendo- se ao play do prédio, ao jardim da casa, e muitas vezes, ao computador, ao vídeo game e ao celular.
Outra consequência dessa tendência de medo e obsessão maníaca é o crescimento do preconceito, principalmente social e racial. O social, em relação ao “muro imaginário e real” criado pela desigualdade de renda e a verticalização crescente entre as pessoas de classes econômicas mais altas e as classes mais baixas. Já o racial, é em relação as pessoas negras taxadas muitas vezes como o biótipo dos criminosos.
Assim, tendo como base o texto: Confiança e medo na cidade, de Zigmunt Bauman, concluímos que a insegurança moderna não deriva da perda da segurança, pois o