Medicamento, farmácia, farmacêutico e o usuário
novo século, novas demandas
Alide Marina Biehl Ferraes, Farmacêutica, Mestre em Saúde Coletiva/Universidade Estadual de Londrina/PR, ferraes@uol.com.br
Luiz Cordoni Junior, Médico, docente do DESC/UEL/PR, Doutor em Saúde Pública
RESUMO
O artigo se propõe a discutir sobre o medicamento, a farmácia, o farmacêutico e o usuário, no processo saúde doença e apontar tendências para o século XXI. O estudo utilizou a problematização e a análise se baseou em textos de Revisão Bibliográfica selecionada. Após leitura crítica, as questões que nortearam a reflexão foram: Frente à indústria do medicamento, é lucrativa a orientação sobre o uso racional do medicamento? O medicamento é mercadoria? A farmácia é um estabelecimento de saúde ou um mero comércio? Qual é o papel do farmacêutico no novo modelo assistencial? A ênfase deve ser no usuário ou no medicamento? Como o conceito de atenção farmacêutica pode ser articulado nos processos de saúde e formação profissional?
O artigo aponta para as possibilidades de resgate do papel, função e valorização do farmacêutico; da farmácia como estabelecimento de saúde com enfoque na atenção básica; e do medicamento como insumo crítico, mas útil para promoção e recuperação da saúde. Destaca a orientação farmacêutica na promoção do uso correto do medicamento e aponta a atenção farmacêutica como possível tendência para uma maior aproximação com o usuário, com vistas à adesão ao tratamento farmacológico e alcance de resultados concretos de melhoria da qualidade de vida. O estudo sugere reflexão sobre a atenção farmacêutica durante a graduação como estratégia na formação do farmacêutico para as novas demandas e enfatiza a necessidade de ampliar as discussões sobre a interação do farmacêutico com os demais profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS).
Palavras chave: farmacêutico e saúde pública; usuário; medicamento; farmácia; atenção farmacêutica.
ABSTRACT