Mecanização agrícola
Bruno Soares Lintomen1, Pablo Lacaze de Camargo Casella2, Cezar Neubert Gonçalves3, Luanne Helena Augusto Lima4, Christian Niel Berlinck5
Resumo
Os incêndios florestais são um dos principais inimigos da conservação da biodiversidade em áreas protegidas, como no Parque Nacional da Chapada Diamantina, e suas causas estão intimamente relacionadas às ações antrópicas. No intuito de aperfeiçoar as estratégias de prevenção e combate aos incêndios florestais e definir áreas prioritárias para a conservação, o presente trabalho propõe um modelo para identificação de riscos de incêndios. Esse modelo foi elaborado através da sobreposição de mapas, a partir da atribuição de pesos e notas, em um referencial multidimensional, de acordo com suas potencialidades de provocar incêndios. Por fim, o mapa final, riscos de ocorrências de incêndio, foi sobreposto aos dados de focos de calor registrados pelo INPE, entre os anos de 2004 e 2008, na intenção de calibrar a definição de classes de ocorrência.
Palavras Chaves: Incêndios Florestais, Geoprocessamento, Unidade de Conservação
Introdução
A ocorrência de focos de incêndio em Unidades de Conservação (UC) é freqüente e constitui um dos maiores riscos a integridade destes espaços territoriais protegidos (Ribeiro et al., 2007; Shlisky et al., 2007). A intensidade e a frequência na ocorrência dos focos está diretamente relacionada à presença antrópica nas UC ou próximo a elas, sendo maior quanto maior a interação do ser humano com estas áreas, o que pode ter consequências sérias para a biota local (Arrruda, 2002; Jacques, 2003). O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) apresenta grande quantidade de ocorrências de incêndios. Segundo dados do Prevfogo-IBAMA, o PNCD é o líder do ranking em número de Relatórios de Ocorrência de Incêndio – ROI, entre os anos de 2002 e 2006 (IBAMA, 2008). Estes dados não implicam que o