Mecanismos de Defesa Freudianos

Mecanismos de defesa freudianos

Mecanismos de defesa são como o próprio nome indica, ferramentas psíquicas desenvolvidas pelo indivíduo que tem como objetivo defender, ou impedir que o ego vivencie situações de conflito e angústia e que coloquem em risco a sua integridade. Estes diferem segundo a idade do indivíduo (crianças apresentam mecanismos de defesa menos estruturados) e a organização e maturidade do ego.
Em dois momentos ao longo de sua obra, Freud elabora duas teorias – também chamadas tópicas – onde apresenta suas hipóteses sobre a estrutura e o funcionamento do psiquismo.
A primeira tópica foi apresentada em seus estudos sobre os sonhos, em 1900, onde apresenta os conceitos de Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente:
1. Inconsciente: conjunto dos conteúdos mentais que não estão presentes no campo efetivo da consciência, são conteúdos recalcados.
2. Pré-Consciente: refere-se a conteúdos não presentes do campo da consciência porém, podem ser acessados, ou seja, não são inconscientes no sentido estrito. Tais conteúdos estão separados do sistema inconsciente pela censura, que procura barrar os conteúdos do inconsciente para a consciência.
3. Consciente: sistema que permite as percepções internas e externas do conjunto dos fenômenos psíquicos.
Posteriormente, entre 1920 e 1923, Freud apresenta sua segunda tópica sobre o aparelho psíquico, em que conceitua que o psiquismo se estrutura em três instâncias: ego, id e superego.
1. Ego: instância psíquica consciente se refere ao “eu” individual. É a parte onde vivemos a nossa vida mental, onde pensamos, percebemos e vivenciamos nossa vida afetiva. É formado ao longo de todo o desenvolvimento, desde o momento do nascimento, onde encontramos um ego primitivo, com as características inatas. Ao longo da vida ele vai se estruturando à partir das relações que o sujeito estabelece com o mundo externo, o que significa dizer que dinamicamente ele é passível de mudanças. O ego procura estabelecer o