mecanismo de ruptura
A finalidade desmonte por explosivo é de converter a rocha em vários fragmentos menores para que possam ser escavados, transportados e britados pelos equipamentos disponíveis.
Ao iniciar - se o emprego técnico dos explosivos em desmontes de rocha, também para o caso de desmontes em bancadas, acreditava-se que o resultado pretendido era alcançado apenas pelo efeito da expansão dos gases em altas pressões resultantes da detonação dos explosivos. Nesta interpretação, os gases abririam fendas no maciço, que se estenderiam por todas as direções e até à face livre da bancada, subdividindo o maciço em fragmentos menores.
Atualmente, entretanto, depois da aplicação da técnica da foto - elasticidade em modelos físicos, interpretações por modelos matemáticos e testes de campo, percebeu-se que a detonação de uma carga explosiva num maciço rochoso apresenta duas fases distintas. Ambas têm o mesmo instante de início e são extremamente rápidas (desenvolvem - se em frações de tempo cuja unidade é o milisegundo ), contudo uma é dez vezes mais rápida que a outra. Por isso, e por uma questão principalmente de didática, uma é dita a Fase Dinâmica,correspondente à ação das ondas de choque no maciço rochoso, e a outra é dita uma Fase Quasi - Estática e é aquela devida ao trabalho mecânico realizado pelos gases provenientes da reação química de decomposição do explosivo.
FASE DINÂMICA
A fase dinâmica do processo de fragmentação corresponde à ação das ondas de choque,inicia-se com a detonação do explosivo ao longo da extensão do furo com ele carregado (furo de mina) e a propagação da onda de choque concentricamente, atuando com pulsos de compressão até atingir a face livre da bancada, sendo então refletida e retornando ao maciço aplicando esforços de tração.
A sequencia dos eventos é a seguinte: surgimento de fraturas radiais, seguido pela reflexão das ondas de choque na face livre (que retornam tracionando o maciço) e aparecimento de fraturas