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Em 1917, um evento na Rússia abriu uma nova etapa histórica que muitos consideram como o verdadeiro início do século 20. Um partido pouco conhecido, cujos principais líderes tinham sido acusados de agentes do governo alemão, tomou o poder na Rússia.
Valério Arcary, da Direção Nacional do PSTU
Em fevereiro de 1917, o czarismo desabou rapidamente sob o impacto de uma insurreição realizada pelo exército e pelo movimento operário de Petrogrado. A Rússia vivia uma catástrofe econômica e social. O país estava há quatro anos em guerra com a Alemanha. Dos 150 milhões de habitantes, 80% eram camponeses. A ampla nobreza do país ocupava todos os cargos altos e intermediários do Estado. A classe operária era concentrada em poucas cidades, como Petrogrado, e em grandes unidades industriais.
Para financiar o esforço de guerra, o Estado russo criou uma situação que elevou o colapso financeiro. As forças sociais que sustentavam o czarismo eram extremamente frágeis e encontravam-se esgotadas pela guerra. O movimento operário em Petrogrado ocupava o papel de protagonista social, mas a temperatura foi elevada pelos 10 milhões de camponeses concentrados nas fileiras do exército.
São três as principais questões colocadas pela Revolução de Fevereiro:
1) A derrubada do czarismo, a conquista das liberdades democráticas e a instauração da paz. Ou seja, as massas camponesas queriam voltar para casa.
2) O abastecimento das cidades e a fome, associadas à necessidade do controle operário como forma de combater a burguesia que, diante da revolução, boicotava a produção.
3) A questão agrária.
As muitas crises do governo provisório
Assim que o czarismo é derrubado, cria-se um governo provisório, de colaboração de classes entre representantes da burguesia e partidos operários reformistas. O partido Cadete, principal representante da classe dominante russa, tinha como representante