Mcdonald's
O mercado como permuta de valores ou troca de produtos existiu nas sociedades humanas desde os seus primórdios. Inicialmente se fazia uma simples troca de produtos agropecuários e objetos. A invenção da moeda, posteriormente, veio facilitar muito o comércio, o qual se intensificou e se expandiu, particularmente com a atividade dos mercadores ambulantes, pessoas que viviam da compra e venda de produtos. Mais tarde, muitos desses mercadores fixaram-se nas vilas, contribuindo, dessa maneira, para a formação dos burgos, aglomerados urbanos onde se formou a classe social que cresceu econômica e politicamente: a burguesia, que foi muito importante para a transição da sociedade feudal da Idade Média para a sociedade moderna. Com o crescimento das cidades, desenvolveu-se uma forma de sociedade diferente daquela que se vivia nos feudos, nos quais as pessoas estavam presas à terra e sujeitas ao senhor feudal, o proprietário da terra. Daí o clima de liberdade que procurou se desenvolver nas cidades, marcando já um distanciamento do poder dos nobres e dos senhores feudais, muitos deles clérigos da Igreja Católica Romana. Nas feiras e mercados nas cidades, foram desenvolvendo-se regras e valores próprios da prática comercial, sem a ingerência das leis religiosas. Daí surgiram as bases do sistema de mercado que temos hoje, numa escala muito mais complexa e de dimensões globais, especialmente a partir da Revolução Industrial, em meados do séc. XVIII e completada pelo que já podemos chamar de Revolução Tecnológica, no séc. XX, que incluiu grandes avanços nas áreas do transporte, da comunicação e da informação. Há uma tendência contemporânea para a adoção da lógica do mercado pelas igrejas, ou seja, os valores, os princípios e as práticas próprias do sistema de mercado passaram a ser incorporados à mentalidade e às práticas das igrejas. Bastian (1981, p.185), seguindo Bourdieu e Berger, definiu