Mc Lohan
“O meio é a mensagem”
“Em um trecho da entrevista Marshall Mcluhan diz: “O conteúdo da escrita ou da imprensa é a fala. Mas o leitor permanece quase que inteiramente inconsciente, seja em relação à palavra impressa, seja em relação à palavra falada”. Essa frase tem uma série de explicações sobre o comportamento alienado dos leitores, e dá início a uma tentativa de identificar o caráter social de cada meio. Ele categoriza como meios quentes aqueles que causam uma ebulição, uma explosão social, e praticamente não permitem interação. Já os meios frios causam certo isolamento interior, uma necessidade maior de complementação da mensagem que está sendo passada – a internet, sob a ótica do autor, seria um ótimo exemplo de meio frio. Dessa forma, o conceito do que é frio e quente poderia ser estendido à toda sociedade.
Entretanto, é importante destacar também que esta determinação do que é quente e frio não é definitiva. O autor cita, por exemplo, o rádio e o cinema como meios quentes. Para ele, “os meios quentes não deixam muita coisa a ser preenchida ou completada pela audiência” e, além disso, ele considera fria toda a fragmentação ou especialização. Deve-se levar em consideração a época em que o livro é escrito e publicado – final da década de 1960 – e o contexto ocupado pelo rádio naquela época.
Sob o ponto de vista de McLuhan, o rádio, visto como é hoje – somente como distração, companhia -, teria “perdido seu calor”, aproximando-se cada vez mais dos meios frios. A qualquer momento, ele pode simplesmente mudar de estação, se perder. Essa é, inclusive, a crítica feita pelo autor sobre a televisão de sua época: há muito poder (e alienação) nas mãos do telespectador. A principal diferença entre os dois meios dessa época é que no rádio o discurso se travestia de realidade enquanto na TV, a base era a sensação.
Segundo Marshall McLuhan a Tv promove outra forma de consciência. Para ele a leitura tem antecedentes estranhos, efeitos muitos