Max Weber
INTRODUÇÃO
Weber é o principal representante da Sociologia alemã e questionador dos modos positivistas de formulação de leis sociais, tema que rendeu acirrados debates à sua época. Defendia a ideia de que uma Ciência Social não poderia reduzir a realidade empírica às leis, pois tanto na escolha do tema a ser trabalhado quanto na explicação do acontecimento concreto, o cientista se vale de diversos fatores ligados à realidade dos fatos assim como a seus próprios valores, para dar sentido à realidade particular. Entretanto, se faz necessário o uso de uma metodologia de estudo, e o método proposto por weber baseia-se no estado de desenvolvimento dos conhecimentos, nas estruturas conceituais de que se dispõe e nas normas de pensamentos vigentes, o que irá permitir a obtenção de resultados válidos não apenas para si próprio.
OS TIPOS IDEAIS
O tipo ideal é uma construção teórica, um modelo abstrato. Este, desenvolvido como padrão de comparação, permite-nos observar certos aspectos do mundo real de forma mais clara. O tipo ideal necessariamente não precisa se adequar exatamente à realidade, já que o objetivo do tipo ideal é ressaltar aspectos comparativos, a partir dos quais fazemos observações e criamos hipóteses (ou teorias) sobre a realidade analisada. Importante ressaltar que os tipos ideais são meros constructos e não tem nenhum objetivo normativo ou teleológico.
Weber classifica como tipos ideais três espécies de conceitos:
a) tipos ideais de indivíduos históricos, como por exemplo: o capitalismo, a cidade ocidental, o feudalismo, entre outros. O tipo ideal, neste caso, é uma reconstrução de uma realidade, um fato histórico amplo, mas específico. Amplo ou global, porque se trata de um regime econômico (capitalismo), de uma forma de ajuntamento humano (cidade), ou de um tipo de organização social (feudalismo). Específico, porque Weber se referia a um tipo único, quando falava do capitalismo, da cidade ocidental ou do feudalismo.
b) O segundo tipo ideal de