MAX WEBER E KARL MARX

MAX WEBER

Modernidade, racionalidade e trabalho

No mundo moderno, as inovações tecnológicas tanto fascinavam quanto provocavam desconfianças; a mentalidade das pessoas era alterada a partir do momento em que se deparava com promessas de tornar a vida mais prática. E assim essas invenções eram consideradas armas na disputa entre os produtores de bens. E tanto o tempo quanto o dinheiro deveria ser aproveitado ao máximo nessa disputa.
A percepção de tempo foi uma das mudanças mais importantes na maneira de ser das pessoas nos tempos modernos. Destaca-se que no mundo medieval, essencialmente rural, o dia de trabalho durava a luz natural. Tudo era feito sem pressa, sem angústia de produzir sempre mais. A partir de determinado momento, porém, o trabalho passou a ser objeto de um contrato. O tempo virou moeda e a cidade foi o espaço que favoreceu essa percepção do tempo não mais como atividade, e sim como moeda.
Weber via essa forma de trabalho como trabalho livre, em que há regras pré-estabelecidas, tanto para o empregador quanto para o empregado. A partir daí surge uma nova máquina, o relógio mecânico, que media o tempo com precisão. E adaptar-se a um ritmo diferente foi necessário para que o capitalismo triunfasse; não foi natural e nem fácil. Desconfianças das novas invenções por empregados e empregadores opuseram resistência, pois, aceitar que o planejamento, a organização financeira, a contabilidade da empresa fossem feitos em um computador manuseados por outros, soava como perder o controle sobre o próprio negócio. Conforto e conflito, encantamento e ameaça são sentimentos trazidos pelas inovações e do qual Max Weber fala quando cita as novas formas de organizar a vida, de dividir o tempo e organizar tarefas.
Já o protestantismo teria facilitado o desenvolvimento de uma atitude adequada ao espírito do capitalismo; evitar o ócio dedicar-se ao trabalho, ter disciplina na vida e no emprego, o empenho em fazer melhor as atividades de rotina, o rigor com o