Maurren MAggil - Atletismo

Nascida em São Carlos, interior paulista, Maurren Higa Maggi se apresentou pela primeira vez ao público brasileiro cantando o hino nacional no lugar mais alto do pódio com as unhas pintadas de verde e amarelo e um ursinho de pelúcia no colo. A cena aconteceu no Pan de Winnipeg, no Canadá, em 1999, após a vitória da atleta no salto em distância. A alegria da menina de 23 anos chamou a atenção dos torcedores brasileiros - que nem poderiam imaginar onde ela ainda chegaria (e nem quantos desafios teria de enfrentar em sua carreira).
Em 2003, Maurren já era uma das atletas mais famosas do país e conquistara o terceiro lugar no campeonato mundial daquele ano, disputado em Birmingham, na Inglaterra. Mas poucos dias antes do início do Pan de Santo Domingo, onde Maurren tentaria defender seu título, a brasileira sofreu o golpe mais duro de sua carreira: seu exame antidoping deu positivo para a substância Clostebol, primeira droga na lista de proibições da Associação Internacional de Federações de Atletismo.
Maurren se explicou dizendo que não sabia que o creme cicatrizante Novaderm - que teria sido aplicado após uma sessão de depilação definitiva - continha tal substância, mas sua defesa não foi aceita e ela recebeu dois anos de punição. Maurren ficou tão abatida que parou de praticar o esporte. Durante todo o período de punição, cuidou da filha Sofia em Mônaco, onde residia com seu marido na época, Antônio Pizzonia, piloto de Fórmula 1.
Foi a própria Sofia quem lhe deu forças para voltar ao atletismo quando se encerrou o período de punição. Em 2006, Maurren já estava de volta às pistas e conseguiu classificação para o Pan do Rio, que seria disputado no ano seguinte. Competindo no Brasil, a atleta voltou a conquistar uma medalha de ouro.
Foi em 2008, no entanto, que Maurren escreveu definitivamente seu nome na história: a brasileira fez a melhor marca na prova do salto em distância - 7,04 m, um centímetro a mais que sua principal rival, a russa Tatiana Lebedeva – e