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A separação, ainda em vigor, foi “marcante e necessária”, na opinião dele, na medida em que se baseou numa tendência apresentada por alguns países desenvolvidos: a de prolongar a escolaridade, “quando o ensino médio já podia utilizar uma feição de educação geral, adiando para a escola pós-secundária a formação profissional”.
O professor alerta para a elaboração de um sistema de ensino flexível, que permita adequar as diversas realidades brasileiras à educação profissional. Cunha lembra as diretrizes da Unesco em relação às chamadas “Recomendações de Seul”, resultado de um Congresso de Educação realizado em 1999 na Coréia do Sul e que enfatizou a educação profissional para todos.
*Mudanças*
“As formas de efetivar essa educação profissional para todos podem variar conforme o contexto. E devem variar, porque nós estamos num mundo extremamente cambiante, num mundo de mudanças: muitas vezes uma solução do interior do Amazonas ou do Nordeste não é a mesma que se pode aplicar em São Paulo”, compara o professor.
Célio da Cunha cita como exemplo a demanda por cursos técnicos de nível superior, que cresceu nos últimos anos no interior e na capital do estado de São Paulo. E conta que a possibilidade de o aluno realizar um curso em nível universitário fez com que o ensino médio, mais generalista, dominasse as salas-de-aula no estado, adiando a entrada dos estudantes no mercado de trabalho.
Neste caso, os cursos gerais levam à busca pelo mundo do trabalho, um espaço diferente, onde