Matéria orgânica em solos degradados
Um solo degradado é aquele que sofreu modificação em sua natureza, seja ela física, química ou biológica − em conseqüência de alterações climáticas causadas por fatores naturais ou em decorrência de ação antrópica. Entende-se por degradação a redução ou perda de produtividade biológica ou econômica de uma área (MMA, 2004). A degradação implica na diminuição da capacidade produtiva e, nos solos agrícolas, ocorre, principalmente devido à ação erosiva ou ao uso indevido. Caso não ocorra a reposição das perdas de nutrientes devidas às colheitas, ao pastoreio, à lixiviação e à volatilização, estes solos passam a apresentar atributos físicos, químicos ou biológicos pouco propícios à produção agrícola (NOGUEIRA JUNIOR, 2000). Existe atualmente uma preocupação global devido ao fato que o solo é finito e que alguns dos seus componentes não podem ser renovados a curto prazo, principalmente quando se observam as condições nos quais se encontram os solos agrícolas e o meio ambiente. Estas preocupações incluem a perda de solo pela erosão, manutenção da produtividade agrícola e sustentabilidade do sistema, proteção de áreas naturais, e o efeito adverso da contaminação de solos sobre a saúde humana. Em regiões tropicais, uma das causas mais freqüentes de degradação é a remoção da vegetação seguida de queimada, para o cultivo de culturas agrícolas. Após a exaustão do solo, as áreas são freqüentemente transformadas em pastagem e abandonadas posteriormente. O desmatamento de outra área começa mais um ciclo de degradação, que pode levar à desertificação pela ausência de práticas conservacionistas, falta de recursos para obtenção de insumos, ausência de planejamento, a médio e longo prazos, e pressão pelo uso do solo. O superpastejo é responsável por 34,5% das áreas mundiais degradadas, seguido de desmatamento (29,4%), atividades agrícolas (28,1%), exploração da vegetação para fins domésticos, industriais ou bioindustriais (12%) (DIAS et. al.,