Matéria: Guardadores de carro causam polêmica
Foto: Tatiana Serebrinsky
Keila Florentino
Daniela Ferreira Não precisa ir muito longe para notar a quantidade de guardadores de carros pelas ruas e avenidas de Ribeirão Preto. Basta o motorista estacionar o carro e não demora muito lá estão eles, prontos para vigiar os veículos por uns trocados.
Muitos estipulam o valor, exigem o dinheiro adiantado das pessoas e, em alguns casos, causam polêmica. De um lado estão os donos de veículos que pagam para estacionar em vias públicas. Por outro lado, estão os guardadores que, muitas vezes, dependem do trabalho para o sustento da família. É o caso do vigia Marcos de Andrade, 32, que sustenta suas duas filhas com o que ganha como vigia de carros. Divorciado e com a guarda das crianças, Andrade tira das ruas o dinheiro para manter a casa e a educação da família.
Segundo o soldado da Polícia Militar (PM), Fabiano R. Alves, 28, por semana, são registradas pelo menos três ocorrências de pessoas que denunciam extorsão por parte dos guardadores, que muitas vezes exigem dinheiro adiantado e também estipulam o valor a ser pago. Os pontos na cidade em que a PM é mais solicitada para esse tipo de ocorrência são as áreas nobres, em eventos, como shows, e principalmente próximo a bingos e faculdades.
Alguns estudantes universitários reclamam da exigência dos guardadores. Os alunos alegam pagar todos os dias da semana e ainda não sentem segurança ao deixar o carro na rua. Outros confiam plenamente nos guardadores e até pagam por mês pela vigia dos carros. É o caso da estudante de Administração de Empresa, Patrícia da Silva, 23. Ela paga todos os meses e não esconde a preferência pelos guardadores. “Eles dependem desse trabalho, estão no mesmo lugar todos os dias e jamais fariam alguma coisa para nos prejudicar”.
Na avenida Nove de Julho existe um grupo de vigias que faz parte da Cooperativa dos Guardadores de Ribeirão Preto que existe há cinco anos e credencia os