portugues
João Bolognesi
1- Análise
ANALISTA DOS TRIBUNAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO
Interpretação
Redação
Redação Oficial
PROF. JOÃO BOLOGNESI
FEVEREIRO - 2012
CURSO ANALISTA DOS TRIBUNAIS
João Bolognesi
Interpretação - Redação
1- SOBRE A INTERPRETAÇÃO
A expressão “interpretar textos” traz certa estranheza, pois sugere que um texto é sempre algo a mais do que está sobre a superfície do papel, algo que vai além de uma simples leitura. Dá-se a impressão de que a natureza de um texto é sempre a de invocar o leitor a um mergulho em um mundo bastante próprio e a uma atividade permanente de revelação. E isso não é só uma impressão, é um fato!
Ler um texto, por si só, já é uma atividade bastante complexa, pois o conhecimento de um idioma e de suas regras se impõe antes de tudo. Interpretar um texto vai além e exige a congregação de vários conhecimentos, desde o texto até o contexto. Vêm à tona aspectos lingüísticos, culturais, históricos, geográficos, ideológicos, artísticos, entre tantos outros.
A interpretação exigida em concursos públicos, porém, está longe disso. Aproxima-se de uma análise dos constituintes textuais em si, ficando fora as informações contextuais, históricas, ideológicas... Um concurso público, ao trabalhar com alternativas (e não com respostas escritas pelo candidato), busca, na formulação das questões, trazer do texto aquilo que permite um grau de objetividade ou, pelo menos, uma dedução a todos comum. O que se interpreta está no texto exposto ou pressuposto, exigindo do candidato a verificação ou a inferência. A questão, porém, não pode pecar pela simplicidade nem pela obviedade (apesar de muitas vezes isso acontecer), o que obriga à banca produzir artifícios geradores de confusões e ambiguidades. A formulação das questões tem princípios, e um deles é a exclusão de candidatos. É aí que entra a mão (leviana e malvada) de quem formula a prova e as suas estratégias de