Maturidade, corpo e a pós-modernidade em Girls
Resumo
Analisaremos o seriado Girls (Lena Dunham, HBO, 2012) sob o posicionamento pós-moderno que Beatriz Sarlo e Stuart Hall desenvolvem em seus estudos, focando nosso argumento no corpo e comportamento dos personagens que se desenvolvem durante os episódios.
Palavras chaves: pós-modernidade, corpo, maturidade e cultura.
Como cenário temos jovens norte americanos, filhos da crise financeira de 2008, perdidos na confusão de valores ou na sua total supressão. Girls, a série da HBO produzida e estrelada por Lena Dunham conta a história de quatro amigas jovens de vinte poucos anos que moram em NY, Brooklyn. A série é controversa e desde o início causa muita polêmica e opiniões diversas por expor sem quase nenhum pudor os medos, angústias e fragilidades dessas meninas.
Hanna personagem vivido por Lena é quem nos apresenta o atual quadro social, aspirante à escritora e sem dinheiro para pagar o aluguel – porque divide o apartamento com Marnie, ela logo no início da série sofre com a notícia de que seus pais deixarão de subsidia-la com a mesada, a partir de então terá que se sustentar com o pouco dinheiro que ganha no estágio. Hanna mantém um relacionamento estritamente sexual com Adam, um jovem frustrado com seu trabalho, dividido entre ser ator e carpinteiro. Marnie é hostess numa galeria e esta insatisfeita com seu relacionamento com Charlie, para mostrar que alcançou sua vida adulta ela paga sua conta de celular. Shoshana fã de Sex and the City é puritana e virgem na primeira temporada. Jessa, sua prima europeia, por outro lado é completamente livre de limitações sociais.
“À medida que o espaço se encolhe para se tornar uma aldeia “global” de telecomunicações e uma
“espaçonave planetária” de interdependências econômicas e ecológicas – para usar apenas duas imagens familiares e cotidianas – e à medida em que os horizontes temporais se encurtam até ao ponto em que o presente é tudo que existe,