Matriz lusa - o povo brasileiro
LIVRO: O POVO BRASILEIRO
O segundo capítulo vem tratando da gestação étnica, enfatizando cunhadismo que foi a instituição social que possibilitou a formação do povo brasileiro, uma forma dos índios de incorporarem estranhos a sua comunidade dando lhe uma moça índia como esposa, surgindo assim uma camada de gente mestiça que ocupou o Brasil, formando assim vários núcleos. Os franceses também fundaram seus criatórios com base no cunhadismo, por muito tempo não se soube se o Brasil seria Francês ou Português. A coroa portuguesa para preservar seus interesses ameaçados pelo cunhadismo generalizado pôs em execução, o regime de donatarias, onde o donatário era investido de poderes feudais pelo rei e entre outros o poder político para fundar vilas, com a função de povoá-las e fazê-las produzir, elevando a economia colonial. Algumas destas donatarias tiveram êxitos, outras fracassaram devoradas pelos índios. Quando o então primeiro governador chegou ao Brasil em 1549, trouxe funcionários civis e militares, soldados e artesãos, também vieram novos colonos e os primeiros jesuítas. Já que não vieram mulheres solteiras consequentemente, os recém-chegados acasalaram–se com as índias, produzindo assim mais mamelucos.
A iniciação das misturas de raças, credos e culturas deu-se no começo das grandes navegações, onde Portugal lançou-se nessa aventura pelos mares principalmente por três fatores: a tecnologia de navegação e experiência comercial que possuíam; o caráter centralizado de seu Estado; por estarem agora livres do domínio mouro.
Era assim um império mercantil salvacionista, que buscava riqueza, e partiam como neocruzados cujas ações e a mentalidade eram sustentadas pela igreja, assumindo até o Estado português funções de distribuir cargos sacerdotais com o padroado papal. Assim, os iberos foram ao lado dos britânicos e dos eslavos, as nações germinais do mundo de hoje.
O contato com os mouros e os judeus,