Matrix
Ao compararmos o filme com a ideia da autora Marilena Chauí a respeito da filosofia, partimos da seguinte percepção sobre a história da obra “Matrix”: além de ser um filme de ação e efeitos especiais intensos, ainda carrega uma série de ideias a respeito do mundo. Mostra uma realidade alternativa e uma contradição do modo pelo qual a sociedade vê, reage e pensa sobre o mundo, fugindo das tradicionais regras e ideais normalmente seguidas pela mesma.
O filme em si segue basicamente: a ideia filosófica de pensar o porquê das coisas serem de determinadas formas, tentando sempre achar a razão das coisas e fazendo as perguntas certas no momento certo.
Podemos dizer que no filme, o personagem Morfeu é uma espécie de filósofo dessa realidade alternativa, que ao fazer as perguntas certas, conseguiu desprender-se dessa realidade imaginária (fictícia), forjada pelas máquinas e começou a viver o mundo real.
O personagem Neo, pode ser considerado um aprendiz do filósofo Morfeu, que por sua vez ao longo do filme vai doutrinando o seu escolhido, que com o tempo vai quebrando os paradigmas impostos por sua mente, moldada pela realidade alternativa das máquinas.
No decorrer do filme, Neo vai se tornando cada vez mais forte, pois na medida em que ele se desprende de sua realidade passada, potencializam-se as suas habilidades.
Uma das ideias principais do filme é o pensamento filosófico. Os personagens, que são os “mocinhos” do filme, agem como verdadeiros filósofos que não se restringem apenas ao pensamento e aos questionamentos, como também transformam seus ideais em poderes e habilidades, sempre que eles tomam a atitude filosófica de indagar.
Quando a autora do livro diz a respeito da ideia de que a filosofia seria a “arte do bem viver”, podem ser analisados as paixões e os vícios humanos, a liberdade e as vontades, a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-nos