Matrix x Alegoria da Caverna (Platão)
Comparação Entre a Alegoria da Caverna e “Matrix”
Matrix e a Alegoria da Caverna
Ao compararmos o filme “Matrix” com a Alegoria da Caverna, observamos que a Matrix – que está em todo lugar, sendo um mundo o qual as massas acreditam ser real para que não percebam a verdade - nada mais é do que a caverna - uma representação metafórica da ignorância do homem - citada no diálogo entre Sócrates e Glauco.
Em “Matrix”, Neo, personagem principal da trama, é tido por Morfeu – capitão da embarcação Nabucodonosor que vivia dentro da Matrix até ser liberto - como uma espécie de “escolhido”, já que ele possuía a capacidade de questionamento mesmo se encontrando dentro da Matrix. Ou seja, Neo, diferentemente da maioria, se propunha a “sair da caverna” e do comodismo, assim alcançando o conhecimento e a verdade, aceitando o novo e entrando para o mundo das ideias, além de tentar despertar em outros indivíduos o desejo por “saber mais” e a mobilização para que fossem feitos questionamentos a respeito da realidade vivida por eles.
É possível fazer uma comparação entre vários elementos apresentados em “Matrix” com a Alegoria da Caverna, de Platão. As sombras presentes na alegoria condizem à falsa realidade, que é a própria Matrix, sendo as pessoas que vivem nela os prisioneiros que estão acorrentados dentro da caverna. As correntes, por sua vez, representam os hábitos e crenças dos habitantes daquela realidade simulada, que os prendem à convenção absoluta de que aquela é a realidade absoluta.
A fogueira que projetava as sombras na parede da caverna pode ser interpretada como uma analogia ao sistema/programas ou até mesmo ao próprio Agente Smith – tido como “vilão” no filme e uma manifestação da inteligência artificial da Matrix - que era uma parte do programa. Os manipuladores são representados na forma do Arquiteto, que aparece nos últimos dois filmes da trilogia, sendo ele o programa criador da Matrix.