Matheus
Habermas mostra que esta discussão voltou a ter destaque na ultima década a partir de duas direções específicas, a primeira é no sentido de reabilitar a metafísica no molde clássico ou kantiano, e a segunda no sentido oposto, o de forçar a metafísica a responsabilidade de um pensamento de unidade próprias a filosofia do sujeito e a filosofia da história. Habermas então propõe uma terceira direção que vem em continuidade com a tradição kantiana e num nível filosófico-lingüístico; um conceito de razão cético e pós-metafísico, não derrotista
Permanecer na metafísica tradicional ainda escrava de seus mitos e presa a seu sistema de racionalidade ou optar por uma oposição ferrenha considerando o pluralismo mas sem dar unidade a um sistema racional permanecendo no relativismo? Este é o grande dilema de Habermas que procura resolver a partir de ma idéia alternativa.
Não existe diferença entre a filosofia das origens e a religião, uma vez que elas apontam para uma perspectiva contemplativa do conceito de verdade; neste sentido viver segundo a verdade é perseguir o caminho privilegiado da contemplação, a filosofia está referida à vida consciente, como se esta fosse um telos. A questão do uno e do múltiplo também é semelhante entre a filosofia das origens e a metafísica. Segundo Habermas, Kant foi o primeiro filósofo que tentou resolver os problemas da metafísica com relação à razão mas que ainda não resolveu problemas relativos ao sujeito.
Habermas acredita que a razão não pode mais fazer uso dos conceitos universalizantes e totalizador da metafísica tradicional, mas também não pode fugir ao desafio da metafísica negativa, que tem como enunciados; o todo é a inverdade, que tudo é contingente, que não existe simplesmente nenhum consolo e estes enunciados são promovidos mediante o uso da razão comunicativa tendo esta orientada para um telos. A defesa de uma