Maternidade

RELATÓRIO MATERNIDADE
Paulo Henrique Escrivano
Minha visita à Maternidade Municipal ocorreu no dia 14 de março. Cheguei por volta das 17h40min. Por muita sorte, uma moça estava na fase de expulsão do parto e pude vê-lo assim que entrei. O neném nasceu bem, porém cianótico. Questionei o obstetra se era normal, e ele confirmou que o RN estava bem. Após esse parto, passaram-se algumas horas sem ocorrer nenhum.
Durante o período de espera, meus colegas e eu pudemos observar algumas consultas. O interno nos mostrou como realizar a medida da altura uterina, a amnioscopia, o toque vaginal (este várias vezes repetido nas pacientes) e a dinâmica uterina. Uma gestante, com cerca de 36 semanas, chegou com dores e mal estar. Foi realizada a cardiotocografia, a qual estava com padrão normal. A moça permaneceu em repouso com soro.
Mais à noite, uma adolescente de 16 anos foi encaminhada para a sala de parto. Dos que estavam presentes, apenas dois puderam assistir, no caso, minha colega e eu. A moça estava acompanhada do namorado, estava muito cansada e gritava bastante. Esse parto foi particularmente bem emocionante, pois a menina gritava “Eu consegui!” quando o filho nasceu, visto que era bem jovem e já não estava colaborando muito devido ao cansaço. Acompanhei o clampeamento do cordão, realizado pela residente de GO.
Após esse parto, não houve mais nenhum normal na noite. As 23h30min todos já haviam ido, menos minha colega e eu. Ficamos conversando com os internos e o obstetra. Para minha surpresa, uma paciente chamou o médico devido ao líquido ter escurecido, ou seja, havia presença de mecônio. Ela foi encaminhada ao centro cirúrgico para realização de cesárea. Felizmente, eu e minha colega pudemos assisti-la. O obstetra e o interno nos auxiliaram muito, sempre explicando os procedimentos. Depois de ver a cesárea, fomos embora.