Maternidade

1. INTRODUÇÃO A mulher, ao longo dos anos, tem lutado para conseguir se desprender do mito “sexo frágil” e tem conseguido ocupar um espaço de reconhecimento, principalmente no setor profissional, equivalente ao do homem. Nesse contexto de mudanças sociais, no qual o modelo familiar deixa de ser patriarcal, e a mulher alcança a sua independência e a tão desejada “igualdade”, onde se encaixa a maternidade? É preciso que se analise essa nova configuração com cuidado. Que benefícios e malefícios ela traz? Como exatamente a mãe atual se porta, levando em consideração as diferentes faixas etárias e classes sociais? A partir da elaboração de uma grande reportagem, nosso trabalho de conclusão de curso se propõe a discutir todos esses questionamentos. A importância de se falar sobre maternidade no mundo contemporâneo na cidade de Salvador através de uma grande reportagem é a de transmitir para diferentes públicos as transformações que a gravidez e o instinto de ser mãe vêm se modificando ao longo dos tempos.
A maternidade, experiência que abrange várias transformações físicas, psicológicas e comportamentais que ocorrem antes, durante e após o parto, vem sendo considerada de formas diferentes ao longo do tempo, nas diversas sociedades, atingindo os extremos do sagrado e do ameaçador/assustador (FONTES, 2006, p.2).

A equipe pretende abordar o tema “maternidade no mundo contemporâneo”, utilizando como foco de estudo a cidade de Salvador, para expor como a maternidade está se tornando cada vez mais tardia e como as mulheres de diferentes faixas etárias conceituam a gravidez no mundo de hoje. Abordaremos também as transformações vividas no corpo da mulher (psicologicamente e fisicamente) e como muitas delas conciliam família e mercado de trabalho. A concepção de mãe e seus valores vem se transformando em conseqüência da maior participação da mulher no mercado de trabalho. A escolha da maternidade consolida-se como um fenômeno moderno ocorrido no