Material extra
Os textos a seguir são trechos de obras a respeito de Filosofia e, especificamente, sobre o conteúdo que estudamos até então. São trechos selecionados de diversas fontes para ajudá-los a compreender melhor a relação entre “Mito e Filosofia” e também a questão da “Originalidade Grega”.
- Verbete retirado do “Dicionário Básico de Filosofia”, Japiassú & Marcondes, 5ª edição, Editora Zahar:
Mito (gr. mythos: narrativa, lenda) 1. Narrativa lendária, pertencente à tradição cultural de um povo, que explica através do apelo ao sobrenatural, ao divino e ao misterioso, a origem e os valores básicos do próprio povo. Ex.: o mito de Ísis e Osíris, o mito de Prometeu etc. O surgimento do pensamento filosófico-científico na Grécia antiga (séc. VI a.C.) é visto como uma ruptura com o pensamento mítico, já que a realidade passa a ser explicada a partir da consideração da natureza pela própria, a qual pode ser conhecida racionalmente pelo homem, podendo essa explicação ser objeto de crítica e reformulação; daí a oposição tradicional entre mito e logos.
Lembram-se da nossa aula sobre o assunto? Dentre os aspectos trabalhados, vimos que a palavra grega logos significa “pensamento racional”, “discurso racional” ou até mesmo “conhecimento”. Percebem então sua relação com a função desempenhada pela Filosofia?
- Trecho do capítulo “Do mito à razão”, da obra “Mito e pensamento entre os gregos”, de J.P. Vernant, 2ª edição, Editora Paz e Terra:
“O nascimento da filosofia, na Grécia, marcaria assim o começo do pensamento científico, poder-se-ia dizer simplesmente: do pensamento. Na Escola de Mileto, o logos ter-se-ia pela primeira vez libertado do mito, como as escaras caem dos olhos do cego [...] O pensamento verdadeiro não poderia ter outra origem senão ele próprio [...] Tal é o sentido de “milagre” grego [...] Viajante sem bagagem, a filosofia viria ao mundo sem passado, sem pais, sem família; seria um