Materiais de atrito
1- Histórico: antigamente materiais como madeira, couro e feltro foram usados como materiais de fricção. Embora o coeficiente de atrito fosse satisfatório para as primeiras aplicações em baixa velocidade, estes materiais tornaram-se inadequados para cobrir a faixa de temperatura que ia aumentando. Além disso, embora o couro e a madeira fossem suaves e silenciosos em ação, suas superfícies tornavam-se frequentemente carbonizadas, provocando uma perda quase completa do coeficiente de atrito.
Antes de 1925 os automóveis usavam freio de contração externa montados somente no eixo traseiro, pois eles poderiam influir na dirigibilidade.
Esta configuração de freio expunha o material de fricção ao tempo, lama, água, e areia o que prejudicava bastante a sua ação.
A partir de 1927 passaram a ser utilizados os freios com sapatas internas e a partir desta época verificou-se um acentuado desenvolvimento dos materiais de atrito, junto com a industria automobilística em geral.
A necessidade de um material de atrito que conferisse ao material de fricção boa resistência mecânica e que suportasse altas temperaturas levou ao uso do amianto.
O amianto possui características que não são encontradas em outras fibras como, resistência mecânica, baixo custo, estabilidade de atrito e facilidade de processamento com equipamentos convencionais de fabricação, mas tem como grande desvantagem o fato de ser altamente cancerígeno, fato que levou-o a ser proibido a sua utilização em diversos produtos, entre eles os materiais de atrito para freios.
Atualmente são utilizados compostos a base de kevlar, fibra de carbono, etc. os quais conseguiram substituir as características do amianto.
2- Coeficiente de Atrito: O princípio da inércia, uma das leis fundamentais da mecânica pode ser enunciado como “ todo corpo é incapaz de colocar-se em movimento por si mesmo ou estando em movimento, modificar a velocidade ou a direção deste movimento sem a intervenção