Materiais compósitos fibrosos
A humanidade usa compósitos reforçados com fibras há milhares de anos. Os exemplos incluem uso de palhas em tijolos, como nos reportam as Sagradas Escrituras. “Naquele mesmo dia o Faraó deu esta ordem aos inspetores do povo e aos capatazes: não continueis a fornecer palha ao povo, como antes, para o fabrico de tijolos” (Êxodo 5, 6-7), e crina de cavalo reforçando materiais cimentados. Desde então várias fibras foram utilizadas para fornecer ductilidade a materiais essencialmente frágeis.
Atualmente é grande a diversidade da utilização dos compósitos, na construção civil encontramos telhas, painéis de vedação vertical e estruturas de concreto como túneis e pavimentos, onde o concreto reforçado com fibras vem aumentando sua aplicação.
Os FRP são materiais compostos basicamente por duas fases: a matriz e as fibras (filamento em que uma das dimensões é muito superior às outras duas), que podem assumir várias formas de acordo com a aplicação pretendida (feixe de fibras contínuas, descontínuas ou agrupadas de modo multidirecional). Estas fibras fornecem basicamente duas características importantes ao material: tendem a reforça-lo sobre todos os modos de carregamento que induzem tensões de tração, isto é, retração restringida, tração direta ou na flexão e cisalhamento, e, secundariamente, elas melhoram a ductilidade e a tenacidade de uma matriz frágil.
Os principais parâmetros relacionados com o desempenho dos materiais compósitos cimentados são o teor (confere maior resistência pós-fissuração e menor dimensão das fissuras), módulo de elasticidade (quanto maior o módulo de elasticidade maior a probabilidade de haver o arrancamento das fibras), aderência (uma alta aderência entra a fibra e a matriz reduz o tamanho das fissuras e amplia sua distribuição pelo compósito) resistência (aumentando a resistência das fibras aumenta também a ductilidade do compósito) e a deformabilidade da fibra (a ductilidade pode ser aumentada com a utilização