Matematica
Sabendo do meu comprometimento com a austeridade financeira dos brasileiros e da minha opinião a respeito da agressiva publicidade atual (em especial ao que se refere às finanças), um amigo me disse: “Você precisa ler ‘A Lógica do Consumo’, é provocante, perturbador, mas também muito claro e objetivo em relação ao papel do nosso inconsciente durante as compras”.
Martin Lindstrom é figura conhecida no meio, sendo um dos mais consultados analistas de branding e marketing. Seu livro anterior, “BrandSense”, foi considerado pelo Wall Street Journal um dos dez melhores livros de marketing já publicados. Através de sua empresa e diversos parceiros, Lindstrom executou uma pesquisa mundial de três anos (e US$ 7 milhões) envolvendo consumidores, compras e ciência. Entra em cena o neuromarketing.
Neuromarketing, como assim?
“A Lógica do Consumo” trata da utilização de equipamentos específicos de avaliação de atividade cerebral para avaliar a reação de consumidores a marcas, aromas, imagens, vídeos e material ligado à publicidade e marcas. No lugar das pesquisas de opinião estruturadas (questionários, formulários etc.), foram usados aparelhos de IRMf (Imagem por Ressonância Magnética funcional) e uma versão mais avançada do eletroencefalograma chamada TEE (Topografia de Estado Estável).
O uso da tecnologia tem uma justificativa bastante forte: conscientemente, somos capazes de mentir e enganar, o que prejudica a avaliação de respostas a enquetes e pesquisas de campo puramente estatísticas. Analisar as reações cérebro em tempo real significa avaliar reações químicas de forma objetiva:
“Nossa mente irracional, inundada por questões culturais arraigadas em nossa tradição, criação e muitos outros fatores subconscientes, exerce uma influência poderosa, mas oculta, sobre as escolhas que fazemos. (…) É por meio das emoções que o cérebro codifica as coisas que têm valor.”
Pense em um cheiro qualquer. Se o aroma lhe foi apresentado por