MATA ATL NTICA
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica ocupava 15% do território: media 13 milhões de km2 e se estendia por toda a costa atlântica, em larguras diferentes. Na região Sudeste, avançava pelo interior do país, próximo às atuais fronteiras da Argentina e Paraguai. Com tanta abundância de floresta, os portugueses logo começaram a explorá-la. Foi aí que se desenvolveu o primeiro ciclo econômico da colônia: a exploração do pau-brasil, que dava origem a uma espécie de tinta vermelha. Foi por causa dessa atividade tão importante que o país recebeu seu nome. Hoje, a situação da Mata Atlântica mudou muito. Ela está pequena, tem menos de 8% da sua cobertura inicial. De acordo com dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –, nos últimos 20 anos, sumiram do mapa quase 16 mil km2 da mata, o que corresponde a um terço do estado do Rio de Janeiro. Apenas de 2005 a 2008, o desflorestamento foi de aproximadamente 1,03 mil km2, nos dez estados avaliados: uma área equivalente a dois terços da cidade de São Paulo. O bioma está distribuído em pequenos pedacinhos, sendo os estados que mais detêm áreas nativas (originais) os campeões do desmatamento. Minas Gerais lidera a lista dos piores: sua cobertura original era de quase metade do seu território, hoje, resta menos de um décimo. Santa Catarina, que era completamente coberta pela Mata Atlântica, conserva apenas 23% e a Bahia, 33%. De acordo com a Fundação SOS Mata Atlânticas, as maiores causas de desflorestamento, de 2000 a 2005, nesses estados, eram a especulação imobiliária (compra de terra para construção de imóveis para venda e locação), nas regiões de serra, e a agropecuária, nas áreas planas. Agora, a maior causa de desmatamento da Mata no país é a expansão das cidades. Os municípios mais agressores são Jequitinhonha (MG), Itaiópolis (SC), Bom Jesus da Lapa, Cândido Sales e Vitória da Conquista (BA). A boa notícia é que o desmatamento caiu, de 2000 a 2005,