Mastigando humanos
Mastigando humanos, um romance psidocélico.
O termo romance psicodélico tem a ver com as diversas referências, as diversas fontes e influências que há na obra, e é nessa linha psicodélica que desenvolve-se o romance “Mastigando Humanos”.
Mastigando humanos é um fábula que inspira, questiona e critica os homens, na perspectiva de um jacaré. A crítica não é, no entanto, mais profunda do que a crise de identidade do jacaré – que chega a fazer faculdade.
A obra fala sobre um jacaré frustrado e ignorante, que largou seu habitat natural para morar na cidade, que é apresentado com características não muito comuns a de um jacaré, ele falava, escrevia e lia. Santiago escolhe o jacaré porque acha que o jacaré tem muito a ver como ele, pelo jeito como ele via a adolescência, com um jeito desengonçado, mas ao mesmo tempo com um enorme vontade de conhecimento e selvageria. O jacaré mora em um esgoto e convive com um sapo fumante chamado Vergueiro que fugiu de um centro de macumba para morar no esgoto; e por la arranja alguns outros amigos, Brás o cão abandonado na rua, que foi seu primeiro amigo e não se tornou comida do jacaré justamente por isso; Voltaire um lagostin francês; Santana um tonel de óleo (por quem se apaixona) com os ratos que eram comandados por um esquilo por nome de Patriarca, eles queriam comandar o esgoto e vários outros. Vergueiro arranjou um amigo dentro do esgoto chamado Arthur Alvin, um menino de rua que ensinou Vergueiro a usar drogas, o jacaré que nunca foi revelado o nome vivia de olho em Arthur Alvin querendo devorá-lo. O réptil é um sujeito marrento que usa sua bocarra para comer tudo que ver pela frente e esta sempre com fome, pois no esgoto não há alimentos que suprem suas necessidades da vida de um réptil. Assim ele admite que “como todos os jovens” sempre quis provar o gosto pelos subterrâneos, e com isso justifica a sua chegada aos esgotos de uma cidade qualquer.