Maré vermelha
Introdução
Nos últimas décadas tem-se observado um aumento na incidência de eventos nocivos causados por algas. O aumento se refere não só em número e sua distribuição geográfica, mas também em virulência. Regiões até então livre de problemas, passaram a apresentar florações de organismos nocivos e regiões onde os eventos eram raros, estes passaram a ter maior freqüência.
Os principais motivos para o aparente aumento incluem:
a) aumento no interesse científico
b) na utilização de áreas costeiras para a aqüicultura
c) eutrofização dos ecossistemas costeiros
d) alteração em condições padrões climáticos
e) transporte de cistos de em água de lastro ou translocação de estoque de organismos para fins de aqüicultura.
Basicamente, três tipos de mecanismos são considerados como ações nocivas de microorganismos: florações de espécies que causam decréscimo na qualidade da água, como por exemplo depleção de oxigênio, após seu eventual colapso; organismos que produzem toxinas que podem causar dano ao Homem ou outros organismos via acumulação na cadeia trófica e espécies nocivas a outros organismos marinhos, como moluscos e peixes, principalmente em cultivos intensivos, por causar danos sistema branquial por ação física ou derivada de metabólitos.
MARÉ VERMELHA
Em regiões de cultivo de moluscos ou extração de bancos naturais se faz necessário, pelo menos, um acompanhamento dos organismos presentes no plâncton que são eventualmente filtrados e incorporados à cadeia trófica. Alguns manuais e textos trazem uma boa lista dos organismos potencialmente tóxicos já conhecidos. Com certa experiência no exame de amostras, uma pessoa pode reconhecer alguns das principais espécies ou gêneros envolvidos em eventos tóxicos. O simples acompanhamento da comunidade planctônica por si é uma ferramenta importante em um programa de monitoramento. Uma vez conhecidos os organismos tóxicos, a partir de sua presença acima de um certo número, ações tais com