Marxismo

2050 palavras 9 páginas
A DISCUSSÃO TEÓRICO- METODOLÓGICA NOS MARXISTAS ACADÊMICOS DO GRUPO D’ O CAPITAL
LUIZ FERNANDO DA SILVA *
Este artigo realiza uma incursão pelas premissas teórico-metodológicas que nortearam os intelectuais do antigo grupo d’ O Capital, que surgiu em 1958 e era constituído por acadêmicos uspianos. A afirmação central sustentada aqui é a de que, a partir daquela época, se configurou, enquanto projeto coletivo, uma vertente marxista acadêmica no cenário nacional. Essa vertente encaixa-se no que Anderson (1984) descreve como marxismo ocidental, principalmente no distanciamento ocorrido entre teoria e prática política, na aproximação da abordagem marxista a diversas concepções filosóficas, e em sua redução gradativa ao espaço acadêmico. Os intelectuais paulistas do grupo d’ O Capital, embora dentro dessa tendência no marxismo ocidental, diferenciaram-se, basicamente, em relação à pauta de discussão e pesquisa, em que estiveram envolvidos na década de 1960. A pauta discorreu sobre o capitalismo no país e as mudanças sociais em curso. Longe de ficarem em uma perspectiva unicamente teórica, os sociólogos desse grupo desenvolveram estudos concretos da realidade nacional graças, principalmente, ao Centro de Estudos de Sociologia da Indústria e do Trabalho (CESIT), coordenado por Florestan Fernandes e ligado à Cadeira I de Sociologia da USP.
Ao enfatizar os aspectos metodológicos, este trabalho procura salientar que é justamente aí que reside a peculiaridade dos marxistas acadêmicos brasileiros. O confronto que eles travaram com o método estrutural- funcionalista, de onde saíam as principais análises sobre desenvolvimento, industrialização e mudanças sociais, baseou-se na necessidade da compreensão do capitalismo no Brasil, por uma angulação marxista. Por essa razão, o artigo aborda vários tópicos, desde a constituição do que consideramos ser o paradigma desses marxistas acadêmicos, até os impasses e o deslocamento ocorrido nesse paradigma, já na década de 1970.

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