Marx
No primeiro capítulo da obra Acumulação do capital, Rosa Luxemburgo explica o conceito de reprodução do capital ampliada. Inicialmente, ela explica que uma produção repetitiva que atenda à demanda da sociedade é a base da existência cultural da sociedade. Este conceito de reprodução implica em certo nível de produtividade. A autora cita o exemplo de uma comunidade agrária primitiva, onde as decisões são tomadas em prol de uma colaboração organizada de todos dentro da sociedade. Já numa sociedade escravista ou feudal, esta produção é imposta à força e é regulamentada por um chefe ou senhor. Nas demais formas de sociedade conhecidas, a produção é feita de acordo com as condições demandadas, e o lucro é o fator determinante, pois não só uma produção é visada, mas também uma reprodução. O produtor, que além de produzir mercadorias, também produz capital, este, por sua vez, é fator determinante para a produção de mais-valia. A autora e Marx supõem que o capitalista faz suas aquisições pelos valores de equilíbrio e realiza suas vendas pelo valor de equilíbrio do produto que vende. Curiosamente, no final do processo o capitalista tem mais dinheiro que no início. Em algum ponto do processo, maior valor (ou mais-valia) criou-se.
A lógica deste raciocínio pode ser expressa de uma maneira simples: Num dia de trabalho o operário produz mais do que o necessário para um dia de subsistência, consequentemente, a jornada de trabalho pode ser dividida ente trabalho necessário e trabalho excedente.
Pela análise anterior, ficam definidos três componentes para o valor do bem: O valor do material e maquinaria usados (dado por c), a capital variável (dado por v) e a mais-valia (dada por m).
Valor total = c + v + m A autora conclui que “a produção capitalista não é produção de artigos de consumo nem de mercadorias em geral, porém de mais-valia”. O capitalista busca sempre um aumento da taxa de mais-valia, utilizando-se, portanto da